O Instagram foi só vitrine por muito tempo e funcionou para o varejo. Mas para o B2B isso não era o suficiente – até a mídia social colocar o compartilhamento de conhecimento na vanguarda

Câmera fotográfica analógica branca suspensa no ar, com iluminação rosa à esquerda e azul à direita

As mídias sociais são cíclicas – e o Instagram está vivendo o seu auge.  Se, por um lado, o Facebook ainda é a plataforma com o maior número de brasileiros cadastrados, e já foi considerado imprescindível para quem quisesse ser visto, hoje o Instagram promete mais engajamento e está por mais tempo aberto nos celulares brasileiros.

É claro que não basta saber disso; qualquer estratégia de comunicação precisa de objetivos claros para escolher com inteligência onde se posicionar. Empresas B2C não têm dúvida de que o Instagram lhes permite vender em um clique. Mas para o B2B, nada é tão fácil assim, e parece óbvio priorizar somente mídias mais “sérias” e “corporativas”, como o LinkedIn. Então por que investir no Instagram?

Quando falo que a rede social está em seu auge, não é só porque ela agrega funcionalidades de concorrentes (o vídeo de 24h do Snapchat, o vídeo longo do YouTube, a coleção do Pinterest e agora o chat do Messenger) e incorpora outras nos seus produtos (como as letras e músicas do Spotify e SoundCloud), ao mesmo tempo em que seu público interage cada vez mais com suas publicações. Em tempos nos quais números de seguidores, curtidas e compartilhamentos são crachás, só uma empresa em seu auge teria a ousadia de ocultar um indicador para forçar criadores a terem conteúdo relevante e compartilhável com o seu público.

O Instagram não tem mais interesse em ser só uma vitrine. Vitrines funcionam para o varejo, claro. Mas para quem lida com outras marcas e decisores, é preciso mais, e ele adaptou sua oferta para gerar conversas.

Ferramentas já existem para fomentar relacionamentos e produzir diversos tipos de conteúdo: o carrossel de imagens te permite até 10 telas para informar ou inspirar seu público; os Stories ao vivo podem transmitir entrevistas, trechos de eventos; os Stories em imagens podem abrigar informações estáticas sobre a cultura da empresa, para serem acessadas a qualquer momento; o IGTV, com o limite de até 15 minutos, pode hospedar vídeos de conteúdo mais profundo. É possível, portanto, usá-lo de diversas maneiras para consolidar uma mensagem.

Por ser uma plataforma extremamente visual, marcas que usam o Instagram com afinco se mostram criativas, refletindo seu lado mais despojado e enxuto (afinal, há pouco tempo para chamar a atenção). Isso cria nos usuários uma visão mais autêntica sobre a empresa, fortalecendo a sua reputação digital.

Da mesma forma que pessoas se vestem de maneiras diferentes para cada ocasião, sem deixar de serem elas mesmas, as companhias também podem exercitar múltiplos tons de vozes, sem deixar sua identidade e seu propósito de lado.

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